REINVENTAR
Não dá para repetir os erros de ontem, também não dá para ficar nos impasses de hoje, é preciso que se reinvente o amanhã.
Não que esperemos dos políticos ou dos tutores da cultura local, uma grande atitude transformadora, muito menos que uma utopia total se realize.
Mas todos percebemos que é preciso que algo mude, que as coisas como estão não podem continuar, que é preciso mudar a nossa história.
Reinventar o tempo, é uma metáfora interessante quando se pensa em repensar conceitos e definir ações. De uma certa maneira se não passarmos a limpo nosso passado, jamais poderemos enfrentar os desafios do presente, muito menos construir o futuro.
Vivemos uma realidade perversa que se transformou em nossa segunda natureza.
A globalização só veio agravar isto. Oferecendo, aparentemente, participação em tudo, acabou demonstrando às pessoas que tudo é decidido em outro lugar, à revelia delas, e que não há como resistir. Repensar nosso papel fora dos ditames dessa “razão”, e tentar um diálogo entre os saberes é de grande utilidade.
Não confundir moral com movimento moralizador e ética com conservadorismo, com certeza é o caminho correto à ser trilhado, aí o trabalhador será mais considerado que o oportunista, o artista respeitado e reconhecido como elemento transmissor de conhecimento, desenvolvimento cultural, etc...
É a partir dessa hierarquização que a ordem social é organizada e, sobretudo, que a função educativa é exercida.
É preciso escapar da futilidade da lamentação, encontrar o caminho do crescimento institucional e do enfrentamento da necessidade de pensar a totalidade da arte pernambucana numa época em que a cultura se tornou fragmentada e labiríntica.